Dr. José Mauro Braz de Lima, PhD

Seguem algumas considerações complementares baseadas em evidências clínicas e neurobiológicas:

1) O álcool etílico(C2H5OH) é uma substância química depressora universal do metabolismo celular, isto é, interfere no metabolismo oxidativodas células; neste sentido, o álcool inibe a atividade metabólica de todas as células do organismo com maior ou menor intensidade na dependência da quantidade e frequência do consumo;

2) com isso, os remédios que precisam do bom funcionamento celular poderão ter seus efeitos reduzidos, prejudicando os efeitos terapêuticos esperados; o fígado, por exemplo, sob efeito tóxico-metabólico do álcool poderá ter taxa menor de metabolização, inclusive para o álcool e para os remédios;

3) em relação aos neurônios (e células gliais), o álcool age da mesma forma: reduzindo a atividade metabólica neuronal e perturbando as respostas clínicas; os remédios na dependência de características próprias e do estado das células, podem até atuar como uma “superdose” (ou overdose …);

4) no caso dos antibióticos em mistura com álcool, que precisam da atuação complementar das células de defesa imunológica, podem ter menor efeito terapêutico em face do efeito depressor sobre as células de defesa;

5) além disso cabe considerar que os remédios podem interagir a nível bioquímico e terapêutico, aumentando possibilidades de efeitos colaterais variáveis; por exemplo, os remédios psicoativos como os antidepressivos e ansiolíticos, ou antiepiléticos, podem em mistura com álcool, ter seus efeitos ampliados ou perturbados;

Portanto, a mistura de bebidas alcoólicas e remédios deve ser sempre evitada.

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