Mesa redonda do XXVII Congresso da ABEAD 

O estigma em torno dos indivíduos que têm transtornos por uso de substâncias é um fenômeno global que temimpactos negativos em diversos setores, incluindonos resultados do tratamento, nas pesquisas clínicas, nas políticas públicas, nos prestadores de cuidados em saúde e na sociedade como um todo. As atitudes negativas de profissionais de saúde, por exemplo, em relação aos pacientes com transtornos por uso de substâncias são comuns e contribuem para cuidados de saúde subótimos para esses pacientes. Alguns profissionais de saúde podem ter uma atitude negativa em relação aos pacientes com transtornos por uso de substâncias. Eles geralmente percebem violência, manipulação e pouca motivação como fatores impeditivos na prestação de melhores cuidados de saúde para esses pacientes, o que denota a necessidade de educação, treinamento e estruturas de apoio adequadas para trabalhar com esse grupo de pacientes.

O estigma pode ser cultivado por várias fontes, até mesmo as palavras e a forma que nos referimos aos pacientes usuários de substâncias importam. Os indivíduos influenciam uns aos outros por meio de processos dinâmicos de linguagem. A linguagem, que usamos para nos comunicar, representa valores, história, crenças e costumes compartilhados. A linguagem sustenta o estigma em torno do uso de substâncias. A linguagem estigmatizada tanto falada quanto através das mídias usadas para descrever comportamentos relacionados ao uso de substâncias e a indivíduos com transtornos por uso de substâncias pode contribuir para o aumento de barreiras em áreas essenciais, como assistência médica e emprego, por exemplo.

Há muitas maneiras de contribuir para uma sociedade mais receptiva, mas este processo começa com um sistema de “baixo para cima”, ou seja, com a participação dos interessados e com escolhas da nossa linguagem nas conversas do dia a dia. Este será o tema central desta mesa redonda que contará com a seguinte composição: 

Coordenador: Hiram Ravache (SP)

  • Estigma entre profissionais e suas consequências para a prestação de cuidados em saúde na área das adições- Luiz Guilherme Pinto (RJ)
  • Crack, outras drogas e a Mídia: O que dizem as principais revistas jornalísticas e outros meios de comunicação do país? – Rogério Bosso (SP)
  • Mudando a maneira como as adições e a recuperação são compreendidas – Visibilidade, Educação e Linguagem. Elaine Camarini (SP)

Você não pode ficar fora desta! Aproveite e garanta sua vaga fazendo sua inscrição no site agora!

Leave a Reply