O alcoolismo atinge a, aproximadamente, 12,4% da população brasileira, e está associado à uma série de situações de risco à saúde e à vida como: acidentes de trânsito, comportamentos violentos, doenças cardiológicas, neurológicas, etc. Em 18 de fevereiro – no mês do carnaval – se comemora o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, sendo uma ótima oportunidade para refletirmos sobre este tema.
Devemos nos perguntar se estamos fazendo algo de concreto para prevenir essa ocorrência, ou se, de alguma forma, estamos ajudando a agravar esse quadro tão preocupante. A resposta a essa questão está diretamente relacionada com a forma com que nós lidamos com a dificuldade de dar limites aos nossos jovens – e talvez a nós mesmos.
Se seu filho não respeita as regras e se envolve em condutas disruptivas, o que você faz? “Libera geral”, já que dar limites não deuc erto? Ou procura conversar e oferece orientações mantendo os limites?
Com relação ao uso de bebidas alcoólicas – que, “diga-se de passagem”, é ilegal para menores de 18 anos, parece que temos feito o contrário! Atualmente, pais comprarem e serem coniventes com o consumo de álcool, em festas, por menores de idade parece ser a regra e não a exceção. O antigo lema “cerveja para adultos e refrigerante para as crianças” das comemorações de antigamente parece ter sido enterrado com os anos 90.
Pesquisas indicam que, quanto mais tarde se inicia o uso da bebida alcoólica, menos provável é que se desenvolva o alcoolismo na vida adulta, e que o cérebro, na adolescência, ainda está sofrendo mudanças, devendo ser evitado, nesta faixa etária, o consumo de substâncias que promovam alterações no Sistema Nervoso Central.
Retardar o início do uso da bebida alcoólica é uma medida simples de prevenção ao alcoolismo e está acessível a todos, no entando, para tal, precisamos, em primeiro lugar, retomar o nosso papel enquanto pais e adultos e lembrar que toda a revolução de verdade, começa “dentro de nós”.